Um filme de
Arlindo Horta, Joel Neto e Catarina Ferreira de Almeida
Com o patrocínio da
FLAD – Fundação Luso-Americana Para o Desenvolvimento
e as canções de
Medeiros/Lucas
Produção e entrevistas
Joel Neto e Catarina Ferreira de Almeida
Imagem e som (directo)
Arlindo Horta
Montagem e correcção de cor
Sara Esteves
Pós-produção áudio
Bruno M. Santos
Realização
Arlindo Horta
© Pequod, 2019
Do que falamos quando falamos de regresso a casa? Quantas vezes menciona quem regressa, ao recordar a sua deriva, a palavra «saudade»? E a palavra «terra»? E «mãe»? E «pertença»? Que palavras se repetem no seu discurso, afinal? Que palavras ficam por dizer? E que palavra, feitas as contas, se sobrepõem a todas as outras?
Durante dois anos, o escritor Joel Neto (n. Angra do Heroísmo, 1974) e a tradutora Catarina Ferreira de Almeida (n. Lisboa, 1977), marido e mulher, concentraram-se no vocabulário dos que regressam — física, emocional e até relutantemente. A demanda levou-os da Terceira, onde vivem, às restantes ilhas dos Açores e daí às duas margens do continente norte-americano. Incluindo entrevistas a homens e mulheres, velhos e novos, bem-sucedidos e nem por isso, com e sem notoriedade pública — mas sempre com as ilhas dos Açores como primeiro referencial, geográfico e sentimental.
O projecto, intitulado As Palavras do Regresso, viria a dar origem ao livro Muito Mais do Que Saudade/Beyond Saudade (ed. Cultura, 2020). Mas o seu primeiro e celebrado andamento público foi este filme O Caminho de Casa, da autoria do realizador Arlindo Horta. A obra foi exibida primeiro na televisão, no universo RTP (Agosto de 2019), e seguiu depois para as salas, onde se estreou no festival Caminhos do Cinema Português (Novembro de 2019) – sempre com bom acolhimento do público.
Afinal, tinha ou não razão Thomas Wolfe quando dizia que não podemos voltar a casa?