1ª edição Maio 2018
Em 1939, o mundo entrou em guerra. Foi o conflito mais mortífero da História da Humanidade. Mas, na pequena ilha açoriana do Faial, ingleses e alemães conviveram em paz durante mais três anos. Eram os loucos dos cabos telegráficos.
No mar em frente emergiam os periscópios de Hitler. Dezenas de navios britânicos eram afundados todos os meses. Já em terra, as crianças inglesas continuavam a aprender na escola alemã, dividindo as carteiras com meninos adornados de suásticas. As famílias juntavam-se para bailes e piqueniques.
Os hidroaviões da Pan Am faziam desembarcar estrelas de cinema e de música, estadistas e campeões de boxe. Recolhiam-se autógrafos. Jogava-se tennis e croquet.
Dançava-se ao som do jazz. Viviam-se as mais arrebatadoras histórias de amor.
QUEM FOI HANSI ABKE? QUE SOMBRA LANÇA HOJE SOBRE O DESTINO DE JOSÉ FILEMOM MARQUES, O SOBRINHO CRIADO NO BRASIL?
Um romance que vai de Lisboa a Nova Iorque, de Friburgo a Praga, de Bristol a Porto Alegre e às ilhas açorianas, onde todos são descobertos e ninguém pode ser apanhado.
Um reencontro entre dois homens de tempos distintos e que talvez tenham mais em comum do que aquilo que gostariam de acreditar. Uma memória das mulheres que amaram e talvez não tenham sabido fazê-lo.
«Será difícil, e talvez inútil, rotular Meridiano 28 quanto à sua filiação literária, tanto nos Açores como no continente. A única evidência, e sobretudo a mais natural, é a da sua pertença à grande literatura portuguesa. Ponto final.»
JOÃO DE MELO
«Estruturado com visível cuidado, o plot é complexo. A resposta aos enigmas é tão inesperada como seria de esperar. A escrita é limpa e de qualidade, à medida da inteligência sóbria do autor, sem os enxames de clichés que para certas pessoas fazem boa literatura.»
LUÍS M. FARIA, Expresso
«Meridiano 28 não sai só da literatura portuguesa na sua “obsessão da portugalidade”, coloca-nos no meio de um grande combate pela civilização e decência humanas, a amizade entre uns e outros magoada pelo curso da História e da loucura generalizada. Faz-me lembrar, de certo modo e em muitas das suas páginas, grandes romances, como A Montanha Mágica, de Thomas Mann, e até A Oeste Nada de Novo, do também alemão Erich Maria Remarque. É na morte que conhecemos o nosso mais profundo amor.»
VAMBERTO FREITAS, Açoriano Oriental
«Como dizer a irritação que sinto com os livros de espertinhos que fazem muita investigação para venderem História copiada a ingénuos ou preguiçosos leitores. Literatura é outra coisa. Pode fazer-se uma extensa e atenta investigação, desde que ela sirva de cenário, de palco, de tela, ao que realmente interessa: as personagens. Esse infindável do humano. Obrigado, Joel Neto.»
RODRIGO GUEDES DE CARVALHO
«Um escritor que diz muito em poucas palavras, que traça na perfeição o destino das personagens, em histórias recompensadoras emocionalmente.»
JOÃO TORDO
«Isto não é um livrinho. Isto dá trabalho.»
JÚLIO MACHADO VAZ
«Um livro de busca, de procura. E às vezes surpreendemo-nos com aquilo que encontramos…»
ANA DANIELA SOARES, RTP
«Um livro que me prendeu do princípio ao fim, que me levou a mergulhar nas águas do Faial, subir ao Pico, sentir o cheiro das flores… mas sobretudo a viajar muito além das palavras escritas! Devorei-o, tive pena quando o acabei e, apesar disso, continua a acompanhar-me.»
JAIME OLIVEIRA MARTINS
«Começam a rarear os bons adjectivos que qualifiquem condignamente a obra ficcional de Joel Neto, um dos expoentes mais cintilantes do actual panorama literário português.
TELMO NUNES, Açoriano Oriental
«Há, na escrita deste autor, a aguda sensibilidade de uma imaginação criadora, capacidade narrativa, eficácia descritiva e uma indiscutível qualidade literária. Escritor da condição humana, solidário e fraterno, Joel é cada vez mais um escritor indispensável.»
VICTOR RUI DORES, Diário Insular
«“Ele, José Filemom, tinha mordido o isco. Fora até ao fim. Nunca desconfiara. E agora pensava naquilo tudo e perguntava-se: para quê? Valera do quê, aquele trabalho todo? Servia para quê, aquele livro que escrevera?” A isto, responde o leitor e o crítico: para nos contar mais uma grande história.
PEDRO MIGUEL SILVA, Deus Me Livro
«Joel Neto, conseguiste fazer pela Horta mais que algumas dezenas de vereações camarárias e uns quantos governos regionais. Meteste a minha cidade linda no mapa outra vez.»
ANTÓNIO BULCÃO, Diário Insular
«Intemporal como o são o amor e o ciúme, a amizade, a convivência pacífica e a solidariedade, mesmo em tempo de guerra; como o são o sonho e a fantasia, a natureza tranquila e bela, mas também uma natureza capaz de enormes cataclismos que podem transformar as fronteiras de uma pequena ilha do Atlântico Norte.. O Faial nunca mais será o mesmo.»
ANÍBAL C. PIRES, Rádio 105 FM
«Depois de Arquipélago, Meridiano 28 vem apenas confirmar o quão sublime é o Joel Neto enquanto autor. Os meus reverenciados parabéns.»
SOFIA RIBEIRO
«O leitor é cativado por um suspense crescente, lançado em pistas que adensam ainda mais os mistérios, deixado à solta para imaginar os mais diferentes tipos de desenlace, iludido por revelações que se revelam enganadoras. Com uma qualidade de escrita esmerada, a que já nos tinha habituado em Arquipélago e A Vida no Campo, Joel Neto presenteia-nos com uma ainda maior profundidade na descrição da fragilidade e perenidade do ser humano, misterioso para os seus semelhantes tal como para si próprio, ancorado nas suas pobres convicções e vítima das suas ilusões.»
PAULO NEVES DA SILVA