• Skip to main content
  • Saltar para o rodapé

Joel Neto

joelneto.com

  • Sobre
  • Notícias
  • Livros
  • ENTREVISTAS 
  • SÉRIES
    • Pai aos 50 (Notícias Magazine)
    • Efeito Borboleta (Antena 1)
    • Novo Normal (RTP Açores)
    • Ensaios (Expresso)
  • Contactos
  • About

Joel Neto, diário de um homem que regressa à sua ilha (Revista Sábado)

Junho 5, 2016 POR JoelNeto.Com

O jornalista e cronista açoriano falou com o GPS sobre a publicação do seu novo livro, A Vida no Campo

Joel Neto atendeu o telefone à porta da sua casa em Dois Caminhos, no sul da ilha Terceira. Como o sinal de rede não era muito forte, pediu para o GPS lhe ligar para outro número. O motivo da conversa com o jornalista e cronista era a publicação do seu novo livro, A Vida no Campo, um ano depois do sucesso do romance Arquipélago.
A Vida no Campo é o diário de uma vivência rural que tem por base as crónicas (entretanto “reescritas, reorganizadas e distribuídas pelas quatro estações do ano”) que Joel escreveu para a imprensa desde que há quatro anos trocou Lisboa pela Terceira, no que representou um voltar às origens.”Sempre quis voltar”, conta. “Há três tipos de açorianos que vão estudar para o continente: os que não se aguentam nem dois semestres; os que têm o plano de fazer o curso rapidamente e voltar; e depois os que vão para Lisboa com o desejo de ficarem o resto da vida”, explica. “Eu não me encaixo em nenhum destes tipos. Sempre quis fazer uma parte substancial da minha vida na grande cidade. Aprender. Evoluir intelectualmente. E voltar numa altura em que me restasse tempo, vigor físico e destreza para trabalhar na minha própria terra – nomeadamente fazendo aquilo que faço hoje, apenas escrever e escrever sobretudo acerca desta matéria e sobre o que há de universal neste lugar.”

São mais de 200 páginas com histórias do seu quotidiano e memórias da infância na ilha, por vezes cortadas por lembranças dos mais de vinte anos vividos em Lisboa. Quando discorre sobre a vida no campo, Joel escreve com o maravilhamento de alguém que vem de fora. Mas quando escreve sobre a cidade, as raízes campestres notam-se em cada parágrafo. O autor concorda, e acrescenta: “Apesar de ser um homem nascido e vivido no campo, a força do livro está no facto de eu ser fundamentalmente um urbano com olhar urbano sobre o campo.”

Joel conta que foi com a ideia inicial de “ficar quatro ou cinco anos e voltar”, mas que “já decidimos [ele, a mulher, Catarina, e o cão Melville] renovar por mais 16 anos com uma grande cláusula de rescisão, como os jogadores de futebol.” A propósito, Melville (uma homenagem ao autor de Moby Dick, o famoso romance de baleeiros e cachalotes, um óbvio imaginário açoriano) foi encontrado numa rua da ilha em 2013, “num dia de beladonas em flor, tinha dois meses e meio – gosto dele como de uma pessoa.”

E a ilha, ter-se-á adaptado bem a quem sobre ela escrevia? “Os terceirenses são profundamente hospitaleiros. Todo o diálogo que as crónicas mantinham com a Terceira lhes era encantador e depois eles próprios apareciam, com os seus nomes, fazendo as coisas que efectivamente faziam, dizendo as coisas que tinham dito e que eu tinha apanhado.”

Antes do próximo romance, previsto para a Primavera de 2018, Joel vai fechar este ciclo sobre os Açores, a que chamou O Regresso, com um ensaio sobre a “contemporaneidade açoriana” a ser publicado no próximo ano pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Publicado na revista Sábado

Outras leituras:

  • APESAR DA PANDEMIA - 20 de Abril
    APESAR DA PANDEMIA - 20 de Abril
  • APESAR DA PANDEMIA - 13 de Abril
    APESAR DA PANDEMIA - 13 de Abril
  • APESAR DA PANDEMIA - 4 de Maio
    APESAR DA PANDEMIA - 4 de Maio

Arquivado em:Media Marcados com:A Vida no Campo, Media

Footer

SUBSCREVA O BOLETIM

Esteja a par de todas as novidades e tenha acesso a conteúdos exclusivos

Sim, quero subscrever

Copyright © 2023

  • facebook
  • Instagram