“Tudo o que não é íntimo é árido”
Português dos Açores, natural da ilha Terceira, com algum do olhar suplicante que caracteriza muitos terceirenses, Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo em 1974 e define desta forma a tal súplica que parece caracterizar quem, como ele, nasceu na ilha: “Se há um defeito que os terceirenses têm, talvez seja uma certa pressa, um certo sensualismo pelo shot emocional. Quando ele não acontece, às vezes sai em resposta o ar suplicante, pedindo essa descarga, uma súplica pela satisfação desse desejo.” A caracterização sai com a ironia de quem olha para si com uma certa distância e a experiência de ter vivido longe, em Lisboa. Jornalista, cronista, escritor, é autor dos romances O Terceiro Servo (2000), Os Sítios sem Resposta (2012) e O Arquipélago (2015), do livro de contos O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas (2002) e do diário A Vida no Campo.
Entrevista por Isabel Lucas
Fotografias de Rui Soares/4SEE
Entrevista publicada na Revista Estante