«É um livro onde as pessoas têm nome, as árvores têm nome, os animais têm nome», destacou Pedro Mexia, apresentador oficial, no lançamento nacional de A Vida no Campo: Os Anos da Maturidade. «Um livro onde se vai ao funeral dos vizinhos. Um livro de uma sensibilidade muito particular, que nós já não conhecemos nas grandes cidades. Sem paternalismos em relação aos locais e também, quanto aos forasteiros, sem aquilo a que os ingleses chamam inverted snobbery.»
O auditório da FNAC do Chiado, em Lisboa, voltou a encher para o lançamento de um livro de Joel Neto. Novos e velhos, mulheres e homens, literatos e leitores, gente repetida e gente que apareceu pela primeira vez: a plateia voltou a verificar-se diversa e a sessão de autógrafos tornou a prolongar-se. João Gonçalves, editor da Cultura, celebrou a oportunidade de editar o quinto livro consecutivo do autor, a que chamou «o escritor mais organizado que se possa imaginar».
«Tem-me comovido várias vezes, nos últimos dias. É uma honra tê-lo no catálogo da Cultura Editora», acrescentou. «Não há como não gostar deste livro», disse Pedro Mexia. «É autónomo e é também uma espécie de continuação, de segunda parte do primeiro. Quem leu o primeiro deve ler o segundo. Quem não o leu, deve ler o segundo e verá que quererá ler o primeiro também. A Vida no Campo, como já tive oportunidade de escrever, é incontornável.»
A digressão de lançamento do livro passou entretanto por Braga, VN Gaia, Porto, novamente Lisboa (diferentes datas na Feira do Livro, entre outros eventos), Vila Franca de Xira, Vila Franca do Campo, Ponta Delgada e Maia (Ribeira Grande), registando várias enchentes. O encerramento ocorreu no Museu de Angra do Heroísmo, com um espectáculo preparado pelo Grupo de Teatro A Sala, de novo com enorme afluência de público.