Miguel Barcelos, jornalista nascido nos Açores no ano da Revolução de Abril, lê num jornal a notícia do assassinato de um velho amigo. Decidido a investigar o sucedido, parte para os Açores.
A viagem no espaço é também uma viagem no tempo, um longo percurso de confrontação interior. Amor, relações sociais, pedofilia, o milénio, a Revolução, o futebol, a economia e até mesmo a fúria dos elementos – tudo se mistura e interpõe, abalando as convicções do protagonista.
Primeiro livro de Joel Neto.
“Saúde-se a opção pelas formas narrativas complexas e por uma linguagem elaborada, numa época em que a linearidade, narrativa e expressional, veio dando tão persuasivos resultados. E o facto é que esta história resultou espertamente urdida e que a expressão ganhou nela, não raro, um excelente ritmo.”
Fernando Venâncio, Expresso“Um romance fantástico ‘passado nos Açores’ e que brilha pela construção do personagem principal, pela capacidade de fazer da memória (da adolescência e primeira juventude) um material literário fulgurante e fascinante. ”
Francisco José Viegas, Record“Uma história do nosso tempo. Um escritor que ‘nasce’ e já vem ‘crescido’.”
Appio Sottomayor, Capital“Sem pieguices e evitando, num português honesto, as descrições ‘hard’. Para todas as pessoas que gostem da construção desta frase: ‘que raio quereria ele com a sepultura de um pedófilo paneleiro quando, em cinco anos, nunca visitara a campa do avô?’ E que a compreendam.”
José Prata, O Independente“Uma magnífica peça que recorre às técnicas descritivas do melhor jornalismo (a ocupação do autor no dia-a-dia) e nos envolve no mistério da morte de um homem em Angra do Heroísmo. A estrutura da história é exemplar, o Português imaginativo e denso de alegorias, o ritmo bem conseguido. Uma técnica narrativa hábil faz com que a obra ‘cheire a enxofre’, levando o leitor a viver com o narrador as desconcertantes investigações sobre o assassinato social de Herculano Cota.”
Jorge Morais, Tal&Qual“Com um excelente domínio da técnica narrativa e da língua portuguesa, conseguindo manter, do princípio ao fim, o ritmo da prosa, em O Terceiro Servo Joel Neto quis retratar uma geração, ou pelo menos parte dela – a sua. Que outra poderia conhecer tão bem? Vai desenrolando a história como a investigação para uma reportagem. E, como numa peça jornalística, retrata com real crueza a sociedade açoriana.”
ELSA ANDRADE, 24horas“Um romance de uma agilidade rara, quer no ritmo da escrita quer na sua montagem – subtil, inteligente, complexa.”
António Tavares-Telles, O Jogo“A narração surpreende pelo ritmo com que a história evolui e, com poucas hesitações, Joel Neto consegue captar o interesse. Estreia mais do que auspiciosa no universo literário nacional. A ler com muita atenção.”
Luís Nunes, Diário Económico