José Mourinho não é só a mais fascinante personalidade chegada ao futebol português na última década: é também o herdeiro de uma das maiores fortunas de Setúbal e um homem que identificou muito cedo a importância da gestão de recursos humanos.
Foi um defesa-central preguiçoso e só percebeu em definitivo que não podia viver como futebolista quando um presidente do Rio Ave o mandou despir um equipamento. Mas desde os quinze anos que toda a sua vida era orientada por um objectivo acima de todos os outros: ser treinador como o pai, Félix Mourinho, embora ainda melhor do que ele.
História de um homem do futebol que o psiquiatra Carlos Amaral Dias gostava de estender no divã. E que, para desespero do todo-poderoso Pinto da Costa, acabou por mudar-se para o Chelsea, levando consigo a mobilidade táctica, a forte imagem pessoal e a extraordinária capacidade de controlo sobre a comunicação social.