Dois anos depois de O Terceiro Servo, Joel Neto regressa com um volume de contos a que dá o divertido nome de O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas. Nele revela-nos perspectivas inusitadas das vidas de homens e mulheres comuns e, no entanto, únicos nas suas múltiplas singularidades.
Um negro que conta histórias no meio da rua; um avô, homem humilde e pobre, que julga ser James Bond; um jovem à busca do som perfeito e que em todos os sons ouve música – todos eles fazem lembrar “de modo comovente”, como escreveu o crítico luso-americano Vamberto Freitas, “as histórias minimalistas de um Raymond Carver”.
Um livro adoptado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores.
Um dos dez melhores livros de 2002.
Helena Barbas, Expresso“Joel Neto sabe que a tékhné é, como em Stanislavski, a verdadeira libertação do talento. E é com esse mesmo talento que ele se permite à auto-ironia e ao humor. Por tudo isso, Joel Neto transforma-se numa das melhores vozes de nosso idioma comum, e é escritor que já possui sua marca perene e perceptível, expressão de um processo em que o domínio da técnica constrói sonoros universos de humanidade.”
Luiz Antônio de Assis Brasil, Dna“[Joel Neto] Deixa a forte impressão da medida certa, aquela onde a sua linguagem, irrequieta e carregada de sugestões, se torna mais eficaz. (…) O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas revela, também, um viço de efabulação e uma desenvoltura de retrato social e comportamental nada frequentes entre nós. Quase se diria que qualquer afirmação sobre ‘a actual ficção portuguesa’ terá de passar por uma avaliação deste tipo de narrativa, deste destemor, desta louçania.”
Fernando Venâncio, Expresso“Diverti-me imenso. Depois da melancolia d’O Terceiro Servo, que eu já elogiara, Joel Neto volta repleto de humor e de sensibilidade. Para além de tudo, o livro funciona como um pequeno breviário: uma pessoa tem um problema qualquer na vida, vai ao livro e está lá a solução.”
Francisco José Viegas“Muito divertido.”
Marcelo Rebelo De Sousa, TVI“Um notável livro de contos.”
Fernando Alves, TSF“Na escrita de Joel Neto espreita-nos sempre a comédia intimamente ligada à tragédia que é a infelicidade humana. Faz lembrar de modo comovente as histórias minimalistas de um Raymond Carver. Toda uma vida interior, em histórias com princípio, meio e fim, é resumida em frases e alusões fulminantes. Só estes bem conseguidos diálogos simultâneos com o passado e o presente já justificam uma literatura que se torna parte dos arquivos criativos de um país e de uma cultura.”
Vamberto Freitas, Seixo Review“[Joel Neto] Sabe que é nos desperdícios da sociedade que se encontra o cerne das questões. Ao enunciar e ao dissecar essas questões, ele mostra os avessos e os impulsos comportamentais dos seus heróis e, ao fazê-lo, mostra o país real que somos. Importa também revelar o desprendimento com que alimenta a sua forma de narrar, não caindo em tentações moralistas, de quem é capaz de salvar o mundo. Vai universalizando a sua escrita com tenacidade e segurança, sem se deixar aureolar por impressões inconsistentes, mantendo consigo mesmo o compromisso de continuar a perseguir a perfeição.”
Álamo Oliveira, Diário Insular“Joel Neto escreve bem e, ao contrário de muitos dos novos escritores nacionais, não enche a sua escrita de referências intelectuais. O que conta, conta num registo polido e num ritmo empolgante. A ler sem hesitação.”
Martin Avillez Figueiredo, SuperMaxim“Viagem ao mundo das paixões do corpo e da alma, este Citroën é uma bela viagem nos labirintos da vida.”
Fernando Sobral, Diário Económico“Um belo livro. Joel Neto é um verdadeiro contador de histórias. ”
António Tavares-Telles, O Jogo“Este livro questiona o País e leva Portugal a interrogar-se. A profunda interrogação que este livro transporta é sabiamente colocada ao leitor através da aparente leveza do seu conteúdo: só essa aparente leveza poderia trazer até nós tantas feridas. Só essa aparente leveza poderia deixar a nossa consciência absorver tamanha interrogação.”
Ângela Almeida, Fórum Cultura“Este livro faz lembrar alguns aspectos de A Noite e o Riso, de Nuno Bragança. Desde logo a organização da escrita é de um grande desembaraço, de uma enorme familiaridade com as palavras e com a sua gramática interior. Há também uma nunca esgotada ironia mas, ao mesmo tempo, uma forte capacidade para não deixar resvalar o texto para o tom de ternura lamecha. Uma escrita a descobrir. Há aqui o antigo gosto de contar.”
José do Carmo Francisco, Notícias Da Amadora“A consagração de Joel Neto. O autor (Açores, 1974) parece ter-se tornado já no mais bem sucedido, tanto junto do público quanto da crítica, jovem escritor do arquipélago de Nemésio.”
Mil Folhas, Público